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Equidade nos conselhos: nova lei garante pelo menos 30% de mulheres, incluindo negras e com deficiência

Nos últimos dias, foi editada a Lei nº 15.177/2025, que institui a obrigatoriedade de reserva mínima de 30% de cargos para mulheres nos conselhos de administração de empresas públicas, sociedades de economia mista e controladas pela União, estados, municípios ou DF, além de estender facultativamente a adesão às companhias abertas; dentro desse percentual, as vagas devem ser ocupadas, em parte, por mulheres negras ou com deficiência. A nova lei já está em vigor e prevê fiscalização e sanções em caso de descumprimento.

A determinação aplica-se gradualmente às empresas abrangidas, com exigência de 10 % nas primeiras eleições pós-publicação, 20 % nas segundas eleições e 30 % na terceira, conforme previne a norma. O arredondamento considera frações iguais ou acima de 0,5 para arredondar para cima. A previsão de autodeclarar pertencimento é aceita no caso de mulheres negras. 

De acordo com Ricardo Vieira, sócio do Barcellos Tucunduva Advogados (BTLAW) e especialista em Direito Societário pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (INSPER), o descumprimento da nova legislação pode gerar consequências imediatas, como o bloqueio das deliberações do conselho de administração, o que pode inviabilizar a eleição de diretores e a aprovação de operações estratégicas. Essa paralisação pode acarretar prejuízos à companhia e resultar na violação de outras normas legais, sujeitando os responsáveis às sanções cabíveis. 

“Na prática, a escolha dos conselheiros é uma atribuição dos sócios. Por isso, se a empresa descumprir a lei e houver prejuízos, é provável que a responsabilização recaia principalmente sobre os sócios controladores. Ainda assim, os administradores também podem ser responsabilizados caso deixem de incluir, no relatório da administração, a política de equidade adotada pela companhia e as informações exigidas pela nova legislação”, explica o especialista. 

Vieira acrescenta que, nos primeiros anos de vigência da norma, é provável que os critérios adotados em processos seletivos sejam ajustados para atender às novas exigências legais. “As empresas precisarão preencher as vagas com mulheres que já façam parte da organização ou contratar novas profissionais. Por isso, é possível que processos internos de capacitação, qualificação e promoção sejam adaptados para garantir o cumprimento da lei”, conclui. 

Conforme Marcelo Godke, sócio do Godke Advogados, especialista em Direito Societário e doutor em Direito pela USP, a exigência de cotas nos conselhos de administração com base em características pessoais, e não em critérios técnicos, representa um retrocesso. “A escolha de conselheiros deveria se basear em qualificação, experiência e mérito, fatores realmente determinantes para o bom desempenho das empresas. Ao impor uma composição obrigatória sem considerar a capacidade técnica, corre-se o risco de comprometer a eficiência da gestão e a alocação de recursos, impactando diretamente os resultados e a competitividade das companhias”, afirma o especialista. 

Godke destaca ainda que a principal consequência prevista pela nova lei é a suspensão das deliberações dos conselhos de administração das estatais e suas controladas, caso o percentual mínimo de mulheres não seja cumprido, o que pode levar à nulidade das decisões tomadas nessas condições. 

“Além disso, mesmo nas companhias abertas, há risco de responsabilização dos administradores se as informações exigidas pela legislação não forem devidamente divulgadas. O descumprimento pode gerar consequências legais, especialmente em empresas fiscalizadas pela Comissão de Valores Mobiliários”, conclui. 

A revisão da norma deverá ocorrer em até 20 anos após a data de publicação, conforme estabelece o dispositivo. A entrada em vigor foi imediata, em 23 de julho de 2025, com publicação no Diário Oficial da União (DOU) em 24 de julho. 

Dia dos Pais deve movimentar vendas online e abrir oportunidades para empreendedores digitais

Com a chegada do Dia dos Pais, comemorado em 10 de agosto, o varejo digital se prepara para uma das datas mais promissoras do segundo semestre. Para os empreendedores que atuam no comércio eletrônico, a data é uma oportunidade de alavancar as vendas e ter um termômetro estratégico para o desempenho até o fim do ano.

No ano passado, os lojistas que utilizam as plataformas Bling (ERP) e Tray (E-commerce), pertencentes à LWSA, ecossistema de soluções digitais para empresas de todos os tamanhos, movimentaram R$ 37,9 milhões durante o período, um aumento de 26% em relação aos R$ 29,8 milhões registrados em 2023.

Segundo projeções da Abcomm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), o e-commerce deve movimentar ao menos R$9,51 bilhões nas semanas que antecedem a data, 14% a mais em relação ao ano passado, que registrou R$8,32 bilhões. Para este ano, o gasto médio previsto por consumidor é de R$567,20.

Tecnologia como alavanca de crescimento

Entre os produtos mais procurados pelos consumidores neste período estão presentes tradicionais, como roupas e acessórios, além de eletrônicos, computadores, smartphones, itens de vídeo e há categorias em expansão, como produtos esportivos, auto peças e ferramentas.

“Esse comportamento confirma o apelo da data para produtos funcionais, tecnológicos e de uso pessoal. Isso abre espaço para o lojista planejar seu estoque e suas vendas visando ganhos reais no período”, afirma Thiago Mazeto, diretor da Tray.

Para aproveitar melhor datas comemorativas como essa, o empreendedor precisa de planejamento. Tecnologias como as oferecidas por plataformas de e-commerce (que permitem a criação de lojas virtuais e integração com marketplaces) e os ERPs responsável pela automação da gestão operacional (produtos, estoque, pedidos e expedição) decorrente de múltiplos canais de venda,  e da gestão financeira, são essenciais para quem vende online.

“Nossas soluções incluem recursos para que o lojista se antecipe a datas relevantes como o Dia dos Pais. A partir de uma boa organização, é possível  planejar ações promocionais e estratégias de precificação e atração de clientes, sempre com foco em rentabilidade”, destaca Marcelo Navarini, diretor do Bling.

No comércio eletrônico, o cartão de crédito e o Pix seguem como os meios de pagamento mais utilizados. “Ter um ambiente de pagamento seguro e fácil de usar é crucial para a experiência do cliente, além de oferecer múltiplas opções que atendem diferentes perfis de consumo”, explica Monisi Costa, diretora de Payments & Banking da Vindi.

Como preparar as vendas no Dia dos Pais

  1. Prepare o estoque: antecipe-se com base nos itens mais vendidos em anos anteriores. Ajuste o estoque, revise sua logística e informe com clareza os prazos de entrega no site.
  2. Aposte em kits: ofereça kits prontos com propostas como “pai gourmet” ou “pai tech”. Isso facilita a escolha do presente e aumenta o valor médio da compra.
  3. Antecipe promoções: use e-mail, redes sociais e banners no site para ativar a campanha com antecedência. Ofereça cupons e vantagens para quem comprar antes da véspera.
  4. Destaque os produtos: aposte em produtos com maior apelo como: eletrônicos, moda e acessórios e posicione-os com destaque nas vitrines digitais.
  5. Pagamento fácil converte mais: garanta um checkout rápido e que aceite Pix, cartão, boleto e carteiras digitais. Reduza etapas e evite abandonos por fricções no processo.

iFood anuncia compra de 20% da CRMBonus

O iFood acaba de anunciar a aquisição de uma participação minoritária de 20% na martech brasileira CRMBonus. O capital aportado será utilizado pela CRMBonus para acelerar o desenvolvimento de tecnologia e investimento em IA, assim como para recomprar alguns dos investidores de maneira proporcional.

A estratégia de investimento é um segundo passo dado após uma bem-sucedida parceria comercial firmada entre as duas empresas, que já vem trazendo benefícios tanto aos restaurantes parceiros quanto aos usuários do iFood e iFood Benefícios. A parceria consiste na emissão de Vale Bonus para assinantes do Clube iFood e novas ferramentas de aquisição, fidelização e monetização de clientes para restaurantes, impulsionadas por soluções da CRMBonus.

Parceria estratégica focada em varejo

Atualmente, a força estratégica da martech está diretamente conectada ao varejo, um mercado-chave para o iFood, que vem expandindo sua proposta de valor com um portfólio cada vez mais completo de produtos e soluções. O objetivo é impulsionar o crescimento de restaurantes e outros parceiros. Com a parceria e o investimento na CRMBonus, o iFood avança nessa frente com ainda mais robustez. “Estamos falando de duas empresas brasileiras de tecnologia que ajudaram a redefinir seus setores. Já vimos uma demonstração disso com o início da parceria e o potencial de combinar essas duas marcas para transformar a vida de consumidores e comerciantes é imenso. Estamos falando de tecnologia brasileira feita por brasileiros para brasileiros.”, afirma Diego Barreto, CEO do iFood.

Tecnologia brasileira feita por brasileiros

Segundo Alexandre Zolko, CEO e fundador da CRMBonus, a parceria com iFood é futuro e presente. A primeira parceria já havia aberto diversas frentes para os restaurantes: “Hoje, já possibilitamos que restaurantes parceiros do iFood reforcem sua estratégia de fidelização por meio da oferta de créditos em marcas parceiras da CRMBonus, além de atrair novos clientes para seus estabelecimentos por meio da nossa plataforma. Com o investimento, tem muita coisa grande por vir; estou animado com o que criaremos juntos. Ter a empresa de tecnologia que mais admiro no Brasil como nossos sócios é um orgulho, vamos aprender muito com a expertise do iFood e desenvolver em conjunto soluções cada vez mais relevantes e inovadoras para os nossos segmentos de atuação no varejo. Um ótimo exemplo do que queremos desenvolver é uma plataforma para presentes impulsionada por IA e grande conveniência de delivery. Entendemos que essa iniciativa tem o potencial de representar para o mercado varejista o que o iFood representa para os restaurantes – pode ser algo transformacional.”

Novas soluções e novas experiências para os usuários

Também está nos planos conjuntos das empresas turbinar o sistema de CRM já oferecido pelo iFood Pago. Com a expertise da CRMBonus, a ferramenta se tornará ainda mais inteligente na sugestão de estratégias de cashback para que os restaurantes possam atrair e fidelizar mais clientes.

Outra iniciativa vislumbrada para os parceiros iFood é o acesso a um canal de vendas adicional: o aplicativo Vale Bonus, da CRMBonus, que direcionará sua base de milhões de usuários para consumir nos estabelecimentos parceiros do iFood, tanto no mundo físico quanto no digital, representando mais um reforço de geração de tráfego para os estabelecimentos, o que fortalece a posição do iFood para além do mundo on-line. A integração com o Vale Bonus é mais um exemplo de como as duas empresas trabalharão, junto com outros parceiros do iFood, para criar um ambiente de conveniência digital, no qual os consumidores têm acesso a uma grande variedade de produtos e serviços em uma experiência fluída e integrada.

As iniciativas listadas são apenas algumas das inúmeras possibilidades conjuntas entre as empresas, justificando o investimento. Embora o valuation da transação atual não tenha sido divulgado, a rodada representa um novo upround em relação ao investimento realizado pela Bond Capital em maio de 2024, quando a CRMBonus foi avaliada em R$ 2,2 bilhões.

A operação e a nova parceria a ser firmada entre iFood e CRMBonus ainda dependem de aprovação dos órgãos reguladores.

5 erros que ainda fazem empresas perderem até 15% do faturamento por falta de dados

Tomar decisões baseadas apenas em intuição ainda é realidade para muitas empresas brasileiras. Estudos de consultorias como McKinsey, KPMG e Abrappe mostram que o mau aproveitamento de dados pode comprometer até 15% do faturamento, além de gerar desperdícios operacionais e perda de competitividade.

Apesar da abundância de tecnologia disponível, 80% das informações operacionais não são analisadas de forma estruturada, o que leva a falhas comuns como promoções ineficientes, ruptura de estoque e baixa personalização da experiência do cliente. No setor industrial, isso também se reflete em custos elevados, dificuldade para prever vendas e padrões desalinhados entre unidades.

Para evitar que esses problemas impactam nos resultados, é essencial que gestores identifiquem práticas que ainda bloqueiam o uso inteligente de dados. João Chencci, head de Tecnologia da AGR TECH, unidade de tecnologia da AGR Consultores, lista os principais erros que travam o crescimento e como evitá-los:

1.⁠ ⁠Decidir no achismo

Empresas que não usam dados estruturados têm desempenho até 20% inferior. “Quando a decisão é tomada com base em intuição, há desperdício de recursos e perda de oportunidades”, explica Chencci.

2.⁠ ⁠Não integrar bases de dados

Informações espalhadas entre diferentes áreas dificultam análises precisas. A integração é essencial para criar cenários confiáveis e antecipar movimentos de mercado.

3.⁠ ⁠Ignorar padrões de consumo

Muitas empresas deixam de observar o comportamento do cliente, perdendo chances de retenção e de crescimento de receita. Modelagens analíticas ajudam a prever tendências e ajustar estratégias em tempo real.

4.⁠ ⁠Falhar na governança de dados

Sem qualidade e atualização constantes, os dados perdem valor e podem gerar decisões equivocadas. Investir em processos de governança é tão importante quanto coletar informações.

5.⁠ ⁠Subestimar a inteligência analítica

Ainda há quem veja tecnologia apenas como ferramenta de apoio. “Quando bem aplicada, ela deixa de ser suporte e passa a ser motor de crescimento, impactando diretamente margem e produtividade”, reforça Chencci.

6 dicas para vender Morango do Amor pela internet

O Morango do Amor virou tendência nas redes sociais e se destacou como produto com forte apelo comercial, ganhando o posto de “segunda Páscoa” junto aos confeiteiros. Para quem deseja aproveitar esse movimento, mais do que um belo doce ou um preço competitivo, é fundamental saber como se comunicar de forma honesta e inspiradora com o público que está ansioso pelo doce.

Em um ambiente digital repleto de imagens bem produzidas, o diferencial está na forma como a mensagem é transmitida. Segundo Giovanni Begossi, especialista em comunicação estratégica, vender bem é entender o impacto das palavras certas na hora certa. “O cliente precisa se enxergar na história do produto. A decisão de compra vem quando ele imagina como vai se sentir ao saborear aquilo”, afirma. 

Um dos exemplos que o especialista gosta de dar é dos vendedores que trabalham na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro: “A gente compra muita coisa ali simplesmente pela lábia, eles chegam e contam uma história, atingem a nossa emoção, sabem usar a linguagem corporal, conexão, carisma, rapport e a venda acontece”, revela.

Giovanni, que é bicampeão brasileiro de oratória e autor do best seller “Como Falar Bem e Ficar Rico”, compartilha 6 dicas para que a abordagem e a comunicação façam a diferença:

  1. Use palavras que despertam a emoção. Evite descrições frias e técnicas, em vez de “morango com calda”, experimente “um carinho crocante com gosto de infância” ou “aquela mordida que faz o coração bater mais forte”. São frases que ativam as memórias e sentimentos e facilitam a decisão de compra.
  2. Mostre os bastidores com verdade. Registre momentos da produção, mostre o preparo, compartilhe pequenos rituais. O consumidor gosta de saber que existe alguém real ali. “Autenticidade é a nova estética. Quem trabalha em casa tem um diferencial gigante e precisa explorar mais, que é a produção com afeto. Mostre essa parte sempre que possível”, explica Giovanni.
  3. Crie histórias, não apenas postagens. Conte por que começou a fazer doces, como aprendeu a receita, como ficou sabendo e entrou na trend do Morango do Amor. Histórias criam vínculos e geram identificação.
  4. Responda com afeto, deixe de lado a robotização. Ao receber uma dúvida ou elogio no Instagram, evite respostas automáticas. Chame pelo nome, agradeça com carinho, use emojis que transmitam quem você é, isso humaniza a marca.
  5. Aposte em datas simbólicas e mensagens personalizadas. Crie opções de kits, bilhetes com frases que emocionam e promoções para datas especiais, como o Dia dos Pais que se aproxima. A personalização transforma o doce em presente.
  6. Valorize o produto com emoção, não com comparação. Mostre o diferencial do seu produto falando de propósito: “Feito com tranquilidade, em casa, de forma artesanal, para adoçar momentos especiais”. Isso atrai quem busca mais do que um simples doce, mas uma experiência.

ABComm anuncia nova presidência e inicia transição de liderança

A Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) anuncia a eleição da nova diretoria. A partir deste mês, Fernando Hidalgo Mansano assume a presidência da entidade, tendo ao seu lado André Sussumu Iizuka como vice-presidente. A eleição foi realizada no dia 1º de julho e simboliza o início de um novo ciclo de gestão com foco no fortalecimento institucional e no atendimento às demandas crescentes do setor de e-commerce no Brasil.

Com a transição, Mauricio Salvador encerra sua trajetória como presidente da ABComm, após quatro mandatos marcados por avanços importantes para o comércio eletrônico nacional. Ele assumirá a presidência do Conselho Deliberativo da associação, contribuindo com sua experiência na formulação das estratégias de longo prazo. “Foi uma honra presidir a associação nesses últimos anos. Seguirei contribuindo no Conselho Deliberativo e nas alianças internacionais para que a associação continue crescendo. Estou passando esse bastão com muita certeza de que haverá continuidade e evolução no trabalho”, afirma Salvador.

A nova diretoria da ABComm é composta por profissionais com forte atuação no setor e conduzirá iniciativas estratégicas, incluindo relações governamentais, inovação e eventos, que são pilares fundamentais para o ecossistema digital brasileiro.

A transição marca uma nova fase para a entidade, reafirmando o compromisso da ABComm com a inovação, a representatividade e o desenvolvimento sustentável do e-commerce no Brasil.

Confira a nova composição da diretoria da ABComm

Fernando Hidalgo Mansano: Presidente

André Sussumu Iizuka: Vice-presidente

Fernanda Cruz de Farias: Diretora de Varejo / 1ª Tesoureira
Marco Aurélio Vieira da Silva: Diretor de Operações e Processos / 2º Tesoureiro

Thiago de Melo Furbino: Diretor de Growth e Inovação / 1º Secretário

Rafael Henrique Soares: Diretor de Marketing e Influencers / 2º Secretário

Conselho Deliberativo

Mauricio Salvador

Rodrigo Bandeira

Regina Monge

Guilherme Martins

Prevenir ameaças de identidade é o futuro da cibersegurança

Ao abrir o computador pela manhã, você não pensa em perímetros ou firewalls. Você pensa em acessar seus e-mails, sistemas internos, aplicativos financeiros e ferramentas colaborativas. Sem saber, é exatamente esse gesto cotidiano que se tornou o centro das maiores ameaças digitais atuais.  

Hoje, a porta preferida dos invasores não é mais o servidor protegido, mas o usuário desavisado com sua identidade digital vulnerável. No Brasil e na América Latina, proteger acessos se tornou a nova fronteira da segurança cibernética – um desafio que, ao ser compreendido pelas empresas como prioridade estratégica, mudará completamente o rumo da luta contra os ataques digitais.

Credenciais de acesso comprometidas e phishing se tornaram um dos principais vetores de intrusão hoje. Estudo recentes indicam que pelo menos 74% dos incidentes de segurança envolvem algum erro humano ou engenharia social como vetor inicial, sendo o phishing o método mais frequente.  

Ou seja, invasores costumam enganar funcionários para que revelem senhas ou cliquem em links maliciosos, abrindo caminho para a invasão. Além disso, a abundância de credenciais vazadas na internet potencializa esse problema: em 2024, a Bitsight registrou 2,9 bilhões de credenciais únicas comprometidas, um salto em relação aos 2,2 bilhões de 2023. Além disso, desde abril de 2024, mais de 19 bilhões de credenciais foram expostas globalmente.  

Esses dados explicam por que as identidades digitais se tornaram o “ouro” dos hackers – ao obter acesso indevido a contas legítimas, eles podem contornar defesas tradicionais com facilidade.

Do perímetro ao Zero Trust: prevenção centrada em identidade

Diante desse problema, muitas empresas no Brasil e também na América Latina estão repensando suas estratégias de defesa para colocar a identidade no centro da segurança.  

Modelos e controles antes considerados avançados agora são indispensáveis para prevenir ameaças de identidade antes que causem danos. Entre as principais abordagens preventivas, tais como a abordagem Zero Trust, que reduz significativamente a superfície de ataque, limitando movimentos laterais de invasores que obtêm credenciais.  

Aliada a isso, a autenticação multifator (MFA) adiciona camadas adicionais de segurança no acesso às contas, praticamente eliminando ataques que dependem exclusivamente de senhas roubadas ou comprometidas por phishing – algo reforçado por estudos recentes, que mostram que quase todas as contas comprometidas não utilizavam MFA.

Paralelamente, políticas robustas de gestão de identidade, como o princípio do menor privilégio e monitoramento contínuo das permissões, reduzem drasticamente as brechas disponíveis para cibercriminosos. Combinadas a tecnologias avançadas como Identity Threat Detection and Response (ITDR) e User and Entity Behavior Analytics (UEBA), capazes de detectar comportamentos anormais em tempo real, essas práticas permitem antecipar ameaças e agir preventivamente, impedindo que pequenas falhas ou desvios iniciais evoluam para ataques sérios. Assim, as organizações podem agir proativamente contra ameaças modernas, fortalecendo de maneira consistente suas defesas digitais.

Riscos regionais e a urgência da prevenção proativa

Adotar essa postura preventiva focada em identidade não é apenas tendência, mas necessidade estratégica. Tanto o Brasil quanto a América Latina enfrentam desafios específicos: grupos de ransomware e espionagem têm o Brasil como alvo preferencial, combinando esforços de criminosos locais e internacionais em ataques complexos.  

Muitos desses ataques exploram gaps de segurança de identidade – seja um servidor mal configurado, uma VPN protegida apenas por senha, ou usuários sem treinamento que caem em fraudes. Some-se a isso restrições orçamentárias e de pessoal especializado em segurança que afetam diversas empresas locais, e temos um cenário em que prevenir é muito mais eficiente do que remediar.  

Uma violação séria pode custar milhões de reais em danos financeiros, interrupção de serviços e perda de confiança. Por outro lado, investir em prevenção traz ganhos de eficiência e segurança: reduz a ocorrência de incidentes (evitando paralisações), diminui o tempo gasto em respostas emergenciais e investigações, e protege a reputação organizacional.  

No setor público e em PMEs, uma postura preventiva pode liberar recursos antes gastos “apagando incêndios” para serem aplicados em inovação e crescimento, ao mesmo tempo em que garante conformidade com leis como a LGPD e outras normas de proteção de dados.

A identidade no centro da estratégia

Em termos estratégicos, apostar na prevenção de ameaças de identidade é garantir a continuidade e a confiança nos negócios. Organizações que adotam autenticação forte, políticas de Zero Trust e vigilância contínua de contas criam um ambiente menos propício ao ataque e mais preparado para o futuro. Trata-se de antecipar o adversário, frustrando suas técnicas prediletas, e assim evitar prejuízos antes mesmo que ocorram.  

No Brasil e na América Latina, onde a criatividade dos cibercriminosos não para de crescer, essa postura preventiva oferece não apenas mais segurança, mas também mais eficiência operacional – afinal, é muito mais eficaz construir defesas sólidas agora do que lidar com as consequências de um incidente depois.  

Fazer da proteção de identidades digitais a pedra angular da estratégia de segurança não é apenas recomendável: é o que diferenciará as organizações resilientes e bem-sucedidas na era das ameaças cibernéticas avançadas.

por Felipe Guimarães, Chief Information Security Officer – CISO da Solo Iron

Webcontinental completa 18 anos como referência no e-commerce brasileiro e mira faturamento de R$ 2 bilhões em 2025

Fundada em 2007 como um e-commerce especializado em climatização, a Webcontinental comemora 18 anos em 2025 consolidada como um dos maiores nomes do comércio eletrônico brasileiro. Com mais de 2 milhões de produtos em mais de 40 categorias disponíveis no site e no app próprio, a marca oferece uma experiência digital intuitiva e diferenciada pelos melhores benefícios e vantagens, combinação que conquista milhares de consumidores todos os dias.

Com sede administrativa em Porto Alegre (RS) e mais de 500 colaboradores, a empresa conta com quatro centros de distribuição estratégicos, localizados em Porto Alegre (RS), Navegantes (SC), Viana (ES) e Cariacica (ES), garantindo eficiência logística e agilidade nas entregas em todo o país.

Ao longo de sua trajetória, a Webcontinental construiu um modelo de negócios robusto e diversificado, que vai além do varejo digital. A empresa também atua como marketplace e hub de integração, possibilitando que mais de 4 mil sellers parceiros vendam seus produtos com agilidade e escalabilidade em mais de 40 canais de venda, como Amazon, Magazine Luiza, Mercado Livre,Shopee e muitos outros.

Entre os reconhecimentos recentes, a empresa foi eleita por dois anos consecutivos (2023 e 2024) o Melhor Marketplace do Brasil no Prêmio ABComm de Inovação Digital, reforçando seu compromisso com a inovação, a excelência operacional e a satisfação do consumidor.

Expansão e metas ambiciosas para 2025

Com um modelo digital em constante evolução, a Webcontinental segue apostando na diversificação e na ampliação dos canais de venda. Na onda de crescimento do comércio eletrônico durante a pandemia, a empresa dobrou de tamanho, e vem mantendo essa curva Em 2024, atingiu R$1,6 bilhão em GMV (volume bruto de vendas) e, para 2025, a meta é alcançar R$2 bilhões, representando um aumento de 10 vezes no seu GMV nos últimos 8 anos Para sustentar essa performance, continua investindo em tecnologia, em novas parcerias estratégicas e em campanhas voltadas à fidelização do cliente e valorização da experiência de compra.

“Chegar aos 18 anos mantendo crescimento constante é resultado do nosso foco na inovação, na proximidade com o cliente e na evolução contínua do nosso modelo de negócios”, afirma Diego Calábria, Diretor Comercial da Webcontinental. “Estamos construindo o futuro com base em tecnologia, inteligência de dados e pessoas comprometidas.”

Marca própria e indústria

Outro pilar importante da operação é a marca própria Gallant, criada em 2017. Com foco nos segmentos de eletroportáteis, equipamentos fitness e câmaras frias industriais, a Gallant é vendida em todos os principais canais digitais do país e tem se destacado principalmente com a linha Gallant Home Fitness, que se tornou o principal segmento da marca nos últimos anos.

A Webcontinental também opera no mercado B2B com a indústria de câmaras frias Gallant, oferecendo soluções em climatização para empresas e negócios de diversos setores.

Pronta para os próximos capítulos

Com uma história marcada por marcos relevantes, como o lançamento do hub próprio de integração (2014), a entrada em grandes marketplaces (2016), a presença em canais como Amazon, Polishop, Camicado, entre outros (2022), e a recente entrada em programas como LL Loyalty e Vale Bônus, a Webcontinental se prepara para um novo ciclo de expansão.

A marca planeja campanhas institucionais e promocionais especiais ao longo de 2025 para celebrar sua maioridade e reforçar seu posicionamento como um e-commerce feito por pessoas e para pessoas. O compromisso com a experiência de compra, a segurança digital, a logística eficiente e o atendimento próximo seguirá como prioridade.

“Mais do que vender, a Webcontinental tem como missão ser a melhor escolha do consumidor todos os dias. E isso significa estar presente de forma relevante, acessível e acolhedora em cada etapa da jornada”, conclui o Diretor.

Zenvia inova no recrutamento com IA empática e feedback em minutos

A Zenvia, que habilita empresas a criarem experiências pessoais, envolventes e fluidas ao longo da jornada dos clientes, passou a utilizar inteligência artificial em seus processos de recrutamento por meio da parceria com a DigAÍ, startup especializada em soluções de IA para Recursos Humanos. 

A iniciativa não substitui a interação humana – pelo contrário, une tecnologia e empatia para a melhor experiência do candidato e assertividade no processo seletivo. “A IA entra para somar, e não para dificultar a experiência de quem está buscando um novo capítulo na carreira. O que fizemos foi aplicar a IA de forma ética e consciente, respeitando o tempo, a energia e as emoções envolvidas nesse momento tão importante”, afirma Katiuscia Teixeira, Chief Human Resources Officer (CHRO) da Zenvia.

A tecnologia tem sido cada vez mais adotada nos processos de Pessoas e Cultura. Segundo estudo da Gartner, mais de 40% das empresas já utilizam IA generativa em alguma etapa do recrutamento e seleção, e esse número tende a crescer com a demanda por maior eficiência, agilidade e personalização. De triagens inteligentes a feedbacks automatizados, a inteligência artificial se consolida como aliada para tornar a experiência mais fluida para todos os envolvidos.

“Pelo nosso levantamento, a Zenvia se posiciona entre as early adopters de inteligência artificial dentre as empresas brasileiras, o que não só mostra confiança na nossa plataforma, mas o compromisso real com a experiência de seus candidatos, unindo tecnologia e pessoas de maneira estratégica”, pontua Christian Pedrosa, CEO da DigAÍ.

Na Zenvia, a IA atua entre a análise de currículos e a entrevista com o recrutador. Os candidatos são convidados a responder, por meio de áudios gravados na plataforma da DigAÍ, perguntas personalizadas conforme a vaga. O acesso é simples e intuitivo, com um teste inicial de familiarização e a possibilidade de regravação em até quatro minutos por resposta. O grande diferencial é o envio automático de feedback individualizado por e-mail e na própria plataforma, em poucos minutos após a finalização da etapa.

Até o início de julho, mais de 577 entrevistas foram realizadas na nova jornada de seleção da Zenvia com IA, e a avaliação tem sido altamente positiva: 92,6% de satisfação dos candidatos. Além disso, segundo a plataforma da DigAÍ, os recrutadores economizaram 245 horas.

A iniciativa não é algo pontual. Está alinhada à evolução estratégica da companhia, que em outubro do ano passado anunciou ao mercado sua IA completa para revolucionar a experiência do cliente, a Zenvia Customer Cloud, que já foi implantada por 5.700 empresas, gerando receita entre R$ 180 milhões e R$ 200 milhões em 2024.

“Estamos falando de um movimento coerente com o que oferecemos ao mercado: jornadas mais fluidas, envolventes e personalizadas. Assim como ajudamos nossos clientes a vender mais e atender melhor com tecnologia, usamos a IA para criar experiências mais inteligentes também dentro de casa, neste caso, na relação com os candidatos dos nossos processos seletivos”, finaliza Katiuscia.

Pagamentos cross-border devem alcançar US$ 50 trilhões até 2032

O mercado de pagamentos transfronteiriços B2B, também conhecido como cross-border, está crescendo: em 2024, movimentou US$ 31,6 trilhões, e para 2032, a projeção da plataforma de pesquisa FXC Intelligence é que cresça US$ 50 trilhões. Esse valor engloba transações de empresas de diferentes segmentos e tamanhos, envolvendo tanto bens quanto serviços.

Com os novos modelos de trabalho remoto globais, as contratações entre países também passaram a movimentar diferentes moedas no pagamento de salários. Esse nicho, de freelancers e contratados que recebem de empresas do exterior, é um que impulsiona os pagamentos B2C internacionais, que devem atingir US$ 4,4 trilhões até 2032 (crescimento de 131% em relação a 2024), segundo a pesquisa. 

Quando o cenário envolve salário e recebimento de pagamentos, é certo que experiências fluidas e econômicas serão uma necessidade para profissionais, que não deixam de ser consumidores.

“As pessoas não querem mais experiências demoradas e caras, querem movimentar seu dinheiro livremente e sem custos, mas ainda respaldado por sistemas bancários seguros. Um recurso que viabiliza isso são as stablecoins, que possibilitam esse boom de soluções digitais financeiras”, explica Teymour H. Farman-Farmaian, CEO e cofundador da Higlobe, fintech para profissionais brasileiros que recebem em dólar de empresas internacionais.

Essa digitalização das soluções tem substituído modelos já conhecidos, como o SWIFT e os bancos tradicionais. Surgem com força, portanto, modelos que trazem rapidez e baixo custo, como transferências ACH para contas nos EUA e infraestruturas baseadas em blockchain e stablecoins. 

Uma stablecoin é um dinheiro digital com valor atrelado a uma moeda comum, como o real ou o dólar. Ela é lastreadagarantida por reservas equivalentes em ativos seguros, como dinheiro ou títulos do governo, na proporção de 1:1. Guardar stablecoins em carteiras digitais permite enviar e receber valores com rapidez e segurança, inclusive entre países. Fintechs como a Higlobe utilizam essa tecnologia para facilitar pagamentos internacionais.

“Conseguimos oferecer uma alternativa mais econômica, segura e rápida em relação ao sistema tradicional: nosso cliente tem um custo de apenas 0,3% para converter seu salário em dólar para reais. Atendemos os setores em maior crescimento no mercado de pagamentos cross-border, sendo os profissionais e PMEs brasileiros nosso maior público. Temos boas expectativas até o fim do ano, pois estamos crescendo organicamente a 20% por mês”, comenta o CEO da fintech, que também atende Argentina, México e Filipinas.

Além da importância financeira nesse ecossistema, o Brasil também tem boa reputação profissional. Relatório da Deel mostra que, em 2024, a contratação de brasileiros por empresas de fora cresceu 53%, sendo o 5º país com maior número de contratados. Estados Unidos, Suíça e Reino Unido lideram entre os que mais buscam talentos do Brasil.

“O trabalho remoto é um grande viabilizador, e a mão de obra brasileira é muito valorizada no exterior por todo o conhecimento técnico, de idioma, soft skills e demais habilidades. O crescimento desses pagamentos transfronteiriços, assim como do trabalho remoto global, abre portas para esse mercado gigantesco, mais disruptivo em tecnologia, oportunidades profissionais e economia entre transações”, complementa Teymour.

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