Com o aumento do número de usuários em plataformas de relacionamento, o cenário atual revela os riscos envolvidos, já que os golpistas também estão explorando a busca das pessoas por amor e companhia para aplicar golpes românticos sofisticados.
Uma nova pesquisa da Norton, a marca de cibersegurança da Gen™ (NASDAQ: GEN), realizada com brasileiros, traça um raio-x dos hábitos dos usuários e os riscos do amor digital. De acordo com o levantamento, quase quatro em cada dez (37%) dos brasileiros estão usando um aplicativo de namoro atualmente e muitos gastam em média quase 9 horas (8,69) por semana nesses apps. Dentre aqueles que usam aplicativos de namoro, um em cada cinco brasileiros (21%) afirmam ter sido alvo de um golpe.
Iskander Sanchez-Rola, Diretor de Inovação da Norton explica que os golpes românticos também são conhecidos como golpes de namoro online. “Este tipo de golpe acontece quando uma pessoa é enganada a acreditar que está em um relacionamento romântico com alguém que conheceu na internet, mas que na verdade a sua outra metade é um cibercriminoso. Neste caso, ele usa uma identidade falsa para ganhar a confiança suficiente da vítima e pedir suas informações pessoais ou dinheiro. Assim, o cibercriminoso pode aplicar golpes ou obter vantagens financeiras”, alerta.
Dentre os brasileiros (21%) que relataram ter sido alvo dos cibercriminosos, 85% foram vítimas de um golpe, sendo os mais prevalentes:
- 41% dos brasileiros já foram vítimas de golpes românticos. Um golpe romântico é quando a pessoa é enganada a pensar que está em um relacionamento com alguém que conheceu na internet, mas que, na verdade, trata-se de um golpista usando uma identidade falsa para ganhar a confiança da vítima e pedir dinheiro a ela.
- 29% dos brasileiros foram vítimas de Catfishing. É o ato do golpista se passar por uma outra pessoa online, usando fotos e informações sobre ela ou uma identidade fictícia. Em alguns casos, os catfishers podem roubar a identidade de alguém, incluindo seu nome, fotos e dados de aniversário.
- 27% dos brasileiros foram vítimas de golpes de Sugar Daddy / Sugar Baby. Nesse tipo de golpe romântico, o golpista se passa por um indivíduo rico que deseja enviar dinheiro a uma pessoa mais jovem, em troca de companhia online. Depois de ganhar a sua confiança, o cibercriminoso pede uma taxa inicial ou informações pessoais antes de enviar sua mesada.
- 23% dos brasileiros foram vítimas de golpes de fotos. Os golpistas buscam convencer seu alvo a enviar informações pessoais, em troca de fotos íntimas.
- 16% dos brasileiros foram vítimas de sites falsos de namoro. São sites de namoro fraudulentos que afirmam ser legítimos, mas na verdade estão cheios de golpistas. Esses sites são criados para minerar informações.
- 15% dos brasileiros foram vítimas de golpes de romance militar. O golpista se passa por um militar, provavelmente destacado. Ele cria uma relação de confiança usando jargões e títulos militares e, em seguida, pede dinheiro para cobrir despesas, como voos de volta para casa, por exemplo.
- 15% foram vítimas de golpes de sextorsão. Este tipo de golpe é particularmente insidioso, envolvendo ameaças de divulgação de informações privadas ou comprometedoras, a menos que um resgate seja pago, geralmente em criptomoedas. Esses golpes começam com e-mails de phishing e exploram emoções humanas como medo e vergonha.
- 13% dos brasileiros foram vítimas de golpes de malware. Nesse caso, o destinatário interage com um golpista que envia a ele um site que parece legítimo; no entanto, é uma página que inclui malware.
- 12% dos brasileiros foram vítimas de fraudes relacionadas a doenças ou golpes médicos. Esses golpes envolvem golpistas fingindo oferecer tratamentos ou alegando sofrer de doenças falsas, para roubar dinheiro ou informações pessoais. Isso pode incluir vender curas falsas, falsificar condições médicas para solicitar doações ou se passar por agentes de seguros de saúde para obter acesso a dados confidenciais.
- 9% dos brasileiros foram vítimas de golpes de verificação de código. Os golpistas enviam um código de verificação falso por e-mail ou mensagem de texto, fingindo ser um aplicativo ou site de namoro. Depois de clicar nele, são solicitadas informações pessoais, incluindo número de cartões de crédito.
Além disso: 8% dos brasileiros foram vítimas de golpes de herança; 7% foram vítimas de golpes de visto ou imigração; e 7% também foram vítimas de golpes de criptomoeda ou investimento.
A segurança dos aplicativos de namoro
O levantamento da Norton também analisou o comportamento e percepções dos brasileiros em relação à segurança dos aplicativos, quando buscam um relacionamento no universo digital.
Quase sete em cada dez (67%) dos entrevistados usuários de apps disseram ter encontrado perfis ou mensagens suspeitas ao menos uma vez por semana, o que leva muitos brasileiros a buscar garantir sua segurança antes de qualquer encontro presencial.
Mais de um terço dos atuais usuários de namoro online (36%) no Brasil conversam com alguém em um aplicativo de namoro por uma semana ou menos, antes de estarem dispostos a se encontrar pessoalmente. No entanto, a maior parte dos brasileiros (94%) toma as seguintes precauções, como:
- Pesquisar a pessoa nas redes sociais ou na internet (57%)
- Realizar uma videochamada com a pessoa (48%)
- Mandar mensagem para a pessoa fora do aplicativo ou da plataforma de namoro (42%)
- Contar para um amigo ou familiar sobre os planos do encontro, antes de realizá-lo (40%)
- Compartilhar sua localização com um familiar ou amigo, antes do encontro (38%)
- Fazer uma chamada telefônica com a pessoa (32%).
Para evitar ser vítima de golpes, Iskander Sanchez-Rola recomenda que “os usuários de aplicativos de namoro permaneçam atentos a sinais de fraude e tomem medidas proativas para proteger suas informações pessoais. Além disso, é fundamental sempre manter um nível de ceticismo saudável, evitando compartilhar dados sensíveis e nunca enviar dinheiro para desconhecidos”.
Metodologia da pesquisa
O estudo foi conduzido online no Brasil pela Dynata em nome da Gen de 5 a 19 de dezembro de 2024, entre 1.002 adultos com 18 anos ou mais.