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    Com destaque para tecnologia e meio ambiente, investimento de impacto ganha destaque no Web Summit Qatar

    Como um grande polo de tecnologia na região, o Oriente Médio continua fortalecendo o setor de tecnologia – mesmo com as temperaturas baixando até os 4 graus Celsius. O Web Summit Qatar, que aconteceu entre 23 e 26 de fevereiro. A versão local desse importante evento de inovação e startups trouxe número recorde, com 25 mil participantes de todos os cantos do mundo, sendo um testemunho do esforço local de promover o empreendedorismo tech e trazer, claro, pessoas, investimentos e diversificação econômica para a região.

    A agenda de conteúdo não diferiu das outras edições do Web Summit, o foco nos desafios das startups, interesses dos investidores, inteligência artificial, blockchain, SaaS e B2B continuaram sendo pauta. A ênfase, claro, mudou: em IA, por exemplo, as discussões foram voltadas para capacidades locais e IA soberana. Os temas de impacto na parte de conteúdo, no entanto, ficaram a desejar, como o meetup de investidores de impacto que contou apenas com três participantes: além de mim, um venture builder canadense, e uma investidora suíça.

    Entre as startups expositoras no Web Summit Qatar, destacaram-se uma empresa local, que apresentou uma solução escalável para captura de CO₂ usando sistemas fotobiorreatores que cultivam algas, reduzindo significativamente as emissões industriais enquanto melhora a qualidade do ar e uma startup da Bósnia que criou uma tecnologia inovadora para reciclagem de resíduos químicos CO₂ zero emissões, transformando resíduos perigosos em materiais químicos reutilizáveis de alta pureza, atendendo a indústrias como farmacêuticas e eletrônicas.

    Um fato interessante é de que a maioria das startups selecionadas para a semifinal da competição de pitch do evento eram de impacto: uma startup que desenvolveu uma inteligência de temperatura apoiada por IA para fornecer mapas de hiper locais e análises inteligentes de dados de calor urbano, oferecendo uma solução poderosa para planejamento urbano e gestão ambiental; uma fintech/edtech que tem por missão promover o letramento financeiro entre crianças e adolescentes por meio de experiências, jogos, e soluções de pagamentos utilizando pulseiras NFC; e outra empresa que desenvolveu aditivos nanotecnológicos antimicrobianos para “embalagens ativas” que estendem a vida útil e reduzem a necessidade de conservantes e antibióticos nos produtos – esta, por sinal, foi a solução ganhadora da competição.

    Com essa competição, a banca avaliadora, composta por investidores de alto calibre de várias partes do mundo, deixou uma mensagem clara: queremos startups de impacto. Em particular, para as startups que conseguiram demonstrar serem capazes de combinar impacto, inovação, alta tecnologia e escalabilidade, então, não faltou, em Doha, interesse em discutir investimentos, parcerias, contratos e provas de conceito.

    O próprio governo do Qatar e as empresas locais estavam excepcionalmente abertos para falar de negócios; se, no Brasil, os tomadores de decisão nos stands das grandes empresas em feiras de negócios são escoltados e conseguir um espacinho na sua agenda é tarefa hercúlea, lá havia uma abertura impressionante para sentar-se com executivos C-level. Mesmo fora dos eventos de descontração e networking, não faltou calor humano para os estrangeiros com bons negócios.

    Assim, o Web Summit Qatar 2025 serviu, sim, como locuspara investidores – inclusive os de impacto – identificarem oportunidades em startups promissoras, e foi, sem dúvida, um espaço privilegiado para startups e founders com negócios escaláveis e inovadores buscarem parceiros.

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