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Blockchain e Tokenização devem liberar US$ 4,6 trilhões na América Latina e no Sudeste Asiático

Enquanto as grandes economias ainda testam soluções baseadas em blockchain, a América Latina (LATAM) e o Sudeste Asiático (SEA) já adotaram essa tecnologia em escala. Ambas as regiões estão entre as líderes globais em adoção de criptomoedas, com 19,8% na LATAM e 27,3% no SEA, de acordo com o estudo inédito da Valor Capital Group e do Credit Saison. No Brasil, o Banco Central está desenvolvendo a iniciativa Drex, que tem como objetivo tokenizar a economia nacional em escala. O Brasil já conta com um dos ecossistemas de pagamentos digitais mais avançados do mundo, impulsionado pelo Pix, que representa 16,5% das transações financeiras. O país agora está expandindo o uso de blockchain para áreas como financiamento ao comércio, crédito e digitalização de ativos.

Enquanto isso, Singapura emergiu como um polo de inovação em blockchain, com 55% da população considerando as criptomoedas como um método de pagamento viável. O relatório destaca que a América Latina e o Sudeste Asiático, com uma população combinada de mais de um bilhão de pessoas, estão na vanguarda da transição de sistemas financeiros tradicionais para economias impulsionadas por blockchain.

Além da adoção pelo consumidor, a tecnologia blockchain está transformando a infraestrutura do mercado financeiro nessas regiões, impulsionando novas eficiências em pagamentos, financiamento ao comércio e tokenização de ativos. O impacto potencial estimado no mercado é de US$ 3,2 trilhões, à medida que os contratos inteligentes aumentam a segurança, a transparência e a velocidade das transações.

“Pagamentos internacionais, que tradicionalmente levam de três a cinco dias para serem liquidados, agora podem ser concluídos em segundos com o blockchain, eliminando custos intermediários. Além disso, a tokenização de ativos está criando um mercado de US$ 1,4 trilhão, tornando ativos do mundo real, como imóveis e commodities, mais líquidos e acessíveis”, afirma Bruno Batavia, Diretor de Tecnologias Emergentes do Valor Capital Group. Segundo Batavia, a implementação de Moedas Digitais de Bancos Centrais (CBDCs) está sendo explorada por 98% do PIB global, com a América Latina e o Sudeste Asiático liderando a aplicação prática no mundo real.

Singapura se destaca como pioneira com o Projeto Ubin, uma iniciativa apoiada pelo governo que integra blockchain aos mercados financeiros. O projeto já redefiniu sistemas de liquidação e testou pagamentos cross-border em blockchain em parceria com o Banco do Canadá e o Banco da Inglaterra.

A Próxima Fronteira: Tokenização do Comércio Global e das Commodities

“Com LATAM e SEA desempenhando papéis estratégicos no comércio global, o próximo passo na adoção do blockchain se concentra na tokenização de commodities. A Indonésia, maior exportadora mundial de óleo de palma e carvão, já utiliza blockchain em mercados de créditos de carbono por meio da iniciativa IDXCarbon. O mercado de tokenização de ativos do país deve atingir US$ 88 bilhões até 2030, com uma economia estimada de US$ 300 milhões em eficiência operacional”, disse Qin En Looi, Partner da Saison Capital, braço de capital de risco do Credit Saison.

O estudo destaca que a rápida adoção do blockchain nessas regiões apresenta oportunidades significativas para investidores, fintechs e instituições financeiras globais. Ao reduzir o custo das remessas internacionais — atualmente o dobro da meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU — e aumentar o acesso financeiro para populações sem acesso a serviços bancários, o blockchain está emergindo não apenas como um ativo especulativo, mas como um motor fundamental da modernização econômica.

“Este relatório serve como um plano fundamental para stakeholders que buscam aproveitar o imenso potencial que essas regiões oferecem. O Credit Saison está no Brasil desde 2023 e está presente no Sudeste Asiático há mais de dez anos, com a capacidade única de implementar investimentos por meio de crédito privado e capital de risco para apoiar o crescimento de fintechs e fundadores, tanto em dívida quanto em capital próprio. Por meio da nossa experiência como operador em mercados globais com forte herança japonesa, parcerias e troca de conhecimento são essenciais para navegar e se adaptar às nuances locais e formular estratégias de sucesso no mercado. Para o Credit Saison, o importante é sempre vencer junto com nossos parceiros. Estamos ansiosos para aprofundar nosso engajamento em ambas as regiões para, de forma colaborativa, abrir caminhos para o crescimento sustentável”, acrescentou Looi.

Visite https://latamsea.com para ler o relatório

Sobre o Valor Capital Group

Fundada em 2011 e com presença em Nova York, Vale do Silício, Rio de Janeiro, São Paulo e Cidade do México, a Valor Capital é uma gestora pioneira de fundos de Venture Capital e Growth Equity com uma estratégia “cross-border”, com o objetivo de atuar como uma ponte entre os mercados de tecnologia dos Estados Unidos e da América Latina. Seus fundos investem em negócios transformadores, desde startups em estágio inicial até empresas em fase de expansão. A Valor está comprometida com o sucesso das empresas do seu portfólio, oferecendo capital, suporte operacional e conexões globais.

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