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    Empresas que priorizam conexão humana dominarão as vendas em 2025

    Em um mercado cada vez mais digitalizado, é comum ver empresas apostando todas as fichas na automação para aumentar suas vendas. A promessa é sedutora: bots que respondem automaticamente, e-mails programados em massa e algoritmos que decidem quando e como abordar o cliente. Parece eficiente, mas essa busca por agilidade tem deixado para trás o que realmente fecha uma venda: a conexão humana.O erro está em acreditar que a automação sozinha dá conta do recado. Quando as interações se tornam frias e mecanizadas, o cliente percebe. As mensagens se tornam genéricas, os contatos impessoais e, inevitavelmente, as vendas não acontecem. O que falta é um elemento essencial que a tecnologia ainda não consegue substituir: empatia.

    Essa ausência de empatia afeta diretamente as decisões de compra. Um estudo feito pelo professor Gerald Zaltman, da Harvard Business School, mostra que 95% dessas decisões são feitas de forma inconsciente, impulsionadas por emoções e sentimentos. A Harvard Business Review reforça esse conceito ao destacar que grande parte do processo decisório ocorre abaixo do nível consciente, influenciado por experiências emocionais que passam despercebidas. Quando uma empresa aposta apenas na eficiência dos algoritmos e ignora esse aspecto humano, ela negligencia o que realmente convence um cliente: a sensação de ser ouvido e compreendido.

    No Brasil, a digitalização já é uma realidade. Segundo uma pesquisa da IBM, 41% das empresas no país já utilizam inteligência artificial ativamente para otimizar seus processos e aumentar a produtividade. Mas os melhores resultados estão nas empresas que conseguem equilibrar essa tecnologia com o toque humano. São aquelas que entendem que a automação é uma ferramenta poderosa para acelerar processos e identificar padrões, mas que não substitui a empatia, a escuta ativa e a intuição que só uma conversa humana pode oferecer.

    Automatizar faz sentido, claro. Em tarefas repetitivas, no gerenciamento de dados e na criação de abordagens personalizadas, a inteligência artificial é uma aliada valiosa. No entanto, o que converte uma interação comercial em uma venda é a capacidade do vendedor de adaptar sua abordagem à realidade de cada cliente, oferecendo uma conversa genuína e significativa. As empresas que estão conseguindo integrar automação e conexão humana estão saindo na frente. Elas automatizam processos sempre que possível, mas asseguram que cada interação permaneça pessoal e relevante. Essa combinação é o verdadeiro diferencial competitivo

    No fim das contas, vendas são humanas. A tecnologia acelera, facilita e melhora a precisão, mas são as relações autênticas que conquistam clientes e geram resultados sustentáveis. Perder isso de vista é transformar sua empresa em apenas mais uma entre tantas que falam com os consumidores como se fossem robôs e, como resultado, acabam recebendo o mesmo tratamento em troca.

    Thiago Muniz
    Thiago Muniz
    Thiago Muniz é CEO e Sócio da Receita Previsível.
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