A maioria de nós já foi até uma padaria e “comeu com os olhos” um bolo ou um quitute exposto na vitrine. Muitas vezes, o sabor até deixava a desejar, mas a aparência conquistava até os clientes mais exigentes. A premissa também funciona com o marketing.
Sofrendo com a concorrência mundial, com produtos que podem ser comprados de qualquer parte do mundo, o design dos produtos ganha uma importância que antes não tinha. Para o designer da KAKOI Comunicação, Rômulo Garcia, ao contrário de antes, quando “não se julgava o livro pela capa”, agora é a própria capa que vende o livro:
“Estamos passando por um momento único no consumo das marcas. Grandes players do mercado estão revendo seu branding para atingir essa nova parcela do consumo. Veja o caso da Jaguar, que suscitou paixão e ódio com sua decisão de abandonar o felino tradicional. É um caminho sem volta.”
Rômulo se refere à decisão da marca inglesa de mudar totalmente seu branding . A ideia é conquistar um novo público que ainda não a conhece e nem a cobiça. A decisão encontrou clientes tradicionais enfurecidos, prometendo vender seus carros, mas ganhou os holofotes mundiais.
Apesar da polêmica, Rômulo lembra que a atualização de marca e branding são coisas totalmente diferentes:
“A logo pode ser atualizada com certa frequência, sem esquecer o propósito da marca e o seu público-alvo. Quando falamos em uma reestruturação de branding, estamos falando de tudo novo: voz da marca, arquétipos e posicionamento. É praticamente uma nova empresa nascendo”, encerra o designer.
Entre os motivos mais citados pelas marcas para tomar a decisão de troca estão os novos hábitos de consumo do público-alvo e a exposição online, na qual as pessoas prestam mais atenção em determinadas cores em detrimento de outras.