Em um mercado dinâmico e altamente competitivo, a capacidade de inovar não é mais um diferencial, é uma necessidade estratégica. Empresas que incorporam a inovação em sua cultura interna têm 2,5 vezes mais chances de superar suas metas financeiras, segundo um estudo da McKinsey.
Para Filipe Bento, CEO do Atomic Group, a inovação vai muito além da adoção de novas tecnologias. Ela nasce de um ambiente que estimula a criatividade, incentiva a colaboração e cria condições para que ideias se transformem em soluções concretas. “Empresas inovadoras não apenas reagem às mudanças, elas as antecipam e moldam o futuro dos seus mercados”, afirma.
O Atomic Group, que reúne cinco empresas voltadas ao crescimento de startups e educação empresarial, tem a inovação como um de seus pilares fundamentais. Segundo Filipe Bento, a base dessa mentalidade foi moldada a partir da cultura organizacional da BR24, a primeira empresa do grupo.
“A BR24 sempre valorizou a troca de conhecimento e a construção coletiva. Essa essência foi expandida para todo o grupo Atomic, criando um ambiente onde as pessoas têm autonomia para experimentar, errar e aprender rapidamente. Sonhar grande faz parte do nosso DNA”, explica.
Para garantir que a inovação aconteça de forma estruturada e constante, o grupo adota iniciativas práticas e recorrentes. Entre elas, estão o Weekly e o Monthly — encontros que reúnem colaboradores de todas as empresas do grupo para compartilhar insights, acompanhar projetos e alinhar esforços estratégicos. “A inovação acontece na colaboração diária e na liberdade para testar novas abordagens. Criamos um ambiente onde cada profissional se sente parte da construção do futuro”, destaca Bento.
Além de um ambiente propício, a liderança tem um papel fundamental na consolidação da cultura de inovação. Para Bento, não basta incentivar a criatividade — é preciso criar um espaço onde a inovação seja uma prática contínua.
“O papel da liderança é demonstrar na prática como a colaboração pode ser uma ferramenta estratégica poderosa. Inovação não acontece no isolamento, mas no cruzamento de ideias, no desafio ao status quo e na disposição para testar novas soluções”, enfatiza o CEO do Atomic Group.
O impacto dessa mentalidade já se reflete no crescimento do grupo. A BR24, por exemplo, registrou um faturamento de R$ 20 milhões em 2024 e desenvolveu soluções disruptivas como o Powerbot e o PowerZap.
Como estruturar uma cultura de inovação dentro das empresas?
Para Filipe Bento, implantar uma cultura de inovação exige ações concretas e diárias que envolvem todos os níveis da organização. Ele lista algumas estratégias essenciais para transformar o ambiente corporativo e fomentar a inovação:
Criar um canal de ideias – Um espaço onde os colaboradores possam sugerir melhorias e inovações de forma estruturada.
Estabelecer reuniões de brainstorming – Criar encontros periódicos para discutir desafios e propor soluções, utilizando metodologias como Design Thinking para estimular a criatividade.
Implementar programas de incentivo à inovação – Organizar desafios internos para motivar os times a propor melhorias e premiar ideias inovadoras.
Investir em capacitação contínua – Oferecer treinamentos sobre novas metodologias e tecnologias para manter os colaboradores atualizados e preparados para inovar.
Executar testes piloto – Validar novas ideias em pequena escala antes de aplicá-las amplamente, reduzindo riscos e otimizando a implementação de soluções inovadoras.
A cultura de inovação, segundo Bento, não se constrói do dia para a noite, mas sim com iniciativas consistentes que incentivam a experimentação e recompensam a criatividade. “Empresas que inovam continuamente se destacam porque criam um ambiente onde as ideias não apenas surgem, mas são desenvolvidas e implementadas com estratégia”, finaliza.